sábado, 10 de novembro de 2007

Ex-diretora da Anac pede para PF investigar dossiê

10/11/2007 - 11h26
Da Folha Online

A ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu solicitou ontem à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar a origem de um dossiê com informações sobre ela. Em nota divulgada neste sábado, Abreu ressalta que os documentos são falsos e contêm "graves e infundadas" informações.

Segundo a assessoria da ex-diretora, Abreu recebeu o dossiê em sua casa, nesta semana, de forma anônima. O dossiê traz algumas anotações manuscritas, vários documentos com data de 17 de agosto de 2007, alguns deles com informações pessoais, movimentação bancária e de cartões de crédito.

Além de Abreu, o dossiê traz informações sobre outras duas pessoas: José Anchieta Moreira Hélcias, secretário-geral do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, e o coronel Jorge Luiz Brito Velozo, também ex-diretor da Anac.

Em nota, a assessoria de Abril explica que as informações bancárias seriam referente a setembro, outubro e novembro de 2006. O período coincide com o início da crise aérea, no fim de setembro, com a queda com o avião da Gol, na selva amazônica, matando 154 pessoas.

"Estes dados falsos tentariam informar que Denise [Abreu] teria contas no exterior (Uruguai) e operações com cartões de crédito que estariam em seu nome. (...) Denise Abreu jamais teve contas bancárias no exterior, possuindo apenas, ao longo de toda sua vida, contas em bancos no Brasil, bancos oficiais, onde inclusive recebia seu salário como servidora pública", diz a nota.

Segundo a assessoria da ex-diretora, os documentos contêm erros "graves". Por exemplo, nos extratos há palavras em português --como "cartões", "entidade", "nome"-- misturadas com palavras em inglês --"product" e "card numbers".

Um outro erro apontado pela assessoria da ex-diretora é referente a uma suposta compra com um cartão de crédito em um spa, no Rio de Janeiro, no dia 30 de setembro de 2006, dia seguinte ao acidente com o avião da Gol. Na ocasião, Abreu era diretora da Anac e dava entrevistas à imprensa no aeroporto de Brasília sobre o acidente, segundo a assessoria.

Os advogados de Abreu têm duas hipóteses sobre o dossiê. A primeira é que tudo tenha sido forjado para depois servir como extorsão, e a segunda é que de fato as contas no exterior existam, mas foram abertas sem o conhecimento de Abreu.

Fonte:

Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u344482.shtml



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